Recapitalização da CGD

Garantir o interesse público<br>e os postos de trabalho

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Re­a­gindo às in­for­ma­ções que as­se­gu­ravam a exis­tência de acordo entre o Go­verno por­tu­guês e a Co­missão Eu­ro­peia sobre os termos de re­ca­pi­ta­li­zação da Caixa Geral de De­pó­sitos (CGD), o PCP frisou, quinta-feira, 25, que «a questão não está nas formas ou no mo­mento desse ob­jec­tivo se con­cre­tizar».

Em con­fe­rência de im­prensa re­a­li­zada na sede do Par­tido, Jorge Pires, da Co­missão Po­lí­tica do Co­mité Cen­tral de­ta­lhou que «para o PCP, a questão es­sen­cial é que a re­ca­pi­ta­li­zação da CGD seja con­cre­ti­zada sal­va­guar­dando in­te­gral­mente o ca­rácter pú­blico do banco e ga­ran­tindo que os pres­su­postos dessa re­ca­pi­ta­li­zação, de­sig­na­da­mente o cha­mado plano de re­es­tru­tu­ração, se faça sem pre­juízo da afir­mação e am­pli­ação do papel que a CGD deve ter como ins­tru­mento es­sen­cial de uma po­lí­tica de cré­dito ao ser­viço do de­sen­vol­vi­mento do País e do fi­nan­ci­a­mento da eco­nomia, com res­peito pela de­fesa dos postos de tra­balho e dos di­reitos dos tra­ba­lha­dores do banco».

Ins­tado pela co­mu­ni­cação so­cial pre­sente a ex­pli­citar a po­sição do Par­tido sobre o re­fe­rido acordo de re­ca­pi­ta­li­zação al­can­çado entre o exe­cu­tivo de Lisboa e Bru­xelas, Jorge Pires re­cusou-se a avançar com uma po­sição ta­xa­tiva ou de­fi­ni­tiva, uma vez que a pri­o­ri­dade é «co­nhecer in­te­gral­mente todos os as­pectos que ro­deiam o acordo».

Donde sair a CGD
en­tram pri­vados


Nessa me­dida, e apesar da in­sis­tência dos jor­na­listas, o PCP re­cusa-se a «co­mentar ce­ná­rios ou hi­pó­tese», tais como o sen­tido de voto do Par­tido na As­sem­bleia da Re­pú­blica caso seja apre­sen­tado um Or­ça­mento Rec­ti­fi­ca­tivo pelo Go­verno do PS.

O mesmo sa­li­entou Jorge Pires quanto a even­tuais acordos ou de­sa­cordos do PCP re­la­ti­va­mente a me­didas con­cretas de re­es­tru­tu­ração da CGD. «É muito di­fícil dizer o que deve fe­char e o que não deve fe­char. Mas o que não pode acon­tecer é o que já tem vindo a acon­tecer, que é fe­char bal­cões onde há di­fi­cul­dades de mo­bi­li­dade, onde uma parte da po­pu­lação é idosa, onde as pes­soas estão ha­bi­tu­adas há muito tempo a ter no banco pú­blico o seu banco de re­fe­rência, onde re­cebem as suas pen­sões e fazem as suas tran­sac­ções e de re­pente vêem o banco pú­blico fe­char».

Porém, adi­antou o membro dos or­ga­nismos exe­cu­tivos do PCP, «dizer que se tem de fe­char bal­cões na ac­ti­vi­dade do­més­tica e na ac­ti­vi­dade in­ter­na­ci­onal não é um bom prin­cípio. A Caixa já fe­chou cen­tenas de bal­cões no con­ti­nente e nas ilhas e, por­tanto, o ca­minho tem de ser o in­verso, ou seja, re­forçar a ac­ti­vi­dade».

Tanto mais, con­cluiu Jorge Pires, que é um facto com­pro­vado que onde a CGD en­cerrar bal­cões e des­pedir tra­ba­lha­dores fra­gi­li­zando ou aban­do­nando seg­mentos e áreas de ne­gócio, vai li­bertar es­paço para a banca pri­vada. «O es­paço dei­xado vago pela CGD vai ter de ser ocu­pado por al­guém, no­me­a­da­mente pelos pri­vados», disse.

 



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